Após o Jornal Nacional exibir um editorial criticando a postura de Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à COVID-19 e as 100 mil mortes no país, o presidente ameaçou procurar a Justiça para pedir esclarecimento à Globo.
Em sua live semanal, sem mencionar o jornal nominalmente, Bolsonaro disse que o noticioso apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos o acusou de ser genocida.
Ao falar sobre os casos do novo coronavírus no país, o presidente disse que há poucos dias um “órgão de imprensa grande” o acusou de ser responsável por 100 mil mortes, o que, de acordo com ele “não tem cabimento”. “Desde antes do carnaval nós estamos tomando medidas concretas”, defendeu.
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“A história vai mostrar onde se errou, ou não, e se poderiam ter se evitado mortes. Seria impossível evitar todas as mortes, mas mortes poderiam ser evitadas”, alegou Bolsonaro, que voltou a mostrar uma caixa de hidroxicloroquina.
Na sequência, o presidente falou sobre as medidas que pretende tomar contra a Globo. “Vamos tentar a responsabilização e o esclarecimento da verdade no tocante a essa matéria, porque não dá para a gente não se defender disso. Uma acusação de genocida para cima de mim no horário nobre, ou que eu sou o responsável e que deveria cumprir a Constituição”, disse ele.
Apesar de não chamar Bolsonaro de genocida, Bonner e Renata foram ríspidos nas críticas ao presidente. Os âncoras dispensaram o tradicional “Boa noite” e foram direto ao assunto.
“Primeiro o presidente menosprezou a COVID. Chamou de gripezinha. Depois, quando um repórter disse que não era coveiro. Disse duas vezes ‘não sou coveiro’. Quando os óbitos chegaram a 5 mil, a resposta dele a um repórter foi um ‘e daí?’”, relembrou o jornalista.