O ator Lima Duarte concedeu uma entrevista para a revista Poder e falou um pouco sobre o desempenho da colega de profissão, Regina Duarte, na Secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

“A Chapeuzinho Vermelho se encantou pelo Lobo Mau. Acho que os agentes culturais estão no mesmo nível do presidente, um prato raso. A sabedoria, a inteligência e a arte, estão sendo perseguidas de todas as maneiras. Mas isso vai passar, tudo passa. E o brasileiro sobreviverá”, disparou.

O ator ainda relembrou que quase foi candidato a vice-presidente em uma chapa liderada por Mário Covas, em 1989: “Um voo particular do partido (PSDB) me levou do Rio a São Paulo para me encontrar com ele (Covas). Curiosamente , quem dirigiu o carro, do aeroporto até o bairro de Moema, onde ficava o apartamento do Covas, foi o Fernando Henrique (Cardoso). Era um Opala, blasé e solene, como ele”.

Crítica ao Bolsonaro

Em março deste ano, Lima Duarte criticou o discurso de Bolsonaro em relação à pandemia da COVID-19.

“O discurso dele é uma coisa trágica pra mim. Ele quer dizer: ‘deixe o velho morrer’. Os jovens estão bem, os meninos estão bem, então, deixa o velho morrer. Ele quer salvar a economia a murros, a facadas, a tiros. Ele só quer o confronto. Conforme ele ia falando eu pensava: ‘Ih, ele está falando comigo. Ele quer que eu morra!’. É isso que ele está dizendo pra mim e para todos os velhos deste país, que velho não importa. Difícil né?” declarou o ator em entrevista para o jornal Extra.

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