O Profissão Repórter acompanhou os bastidores dos shows de Simone e Simaria, em 2017. Nesse episódio, a equipe de reportagem também mostrou algumas cantoras que tentavam iniciar uma carreira no meio sertanejo. O empresário artístico, Djalma Sabóia, entrevistado pelo programa, entrou com uma ação contra a Globo, por considerar ter sido retratado de maneira negativa. Ele move uma ação por danos morais contra a emissora e pede uma indenização no valor de R$ 155 mil.

O processo corre na 2ª Vara do Foro de Ubatuba, em São Paulo, desde 16 de junho de 2019.

Exibido em 31 de maio de 2017, o programa acompanhou algumas cantoras em início de carreira. Uma das entrevistadas foi Ruama Feitosa, que falou sobre a expectativa de assinar o seu primeiro contrato artístico.

Na atração, a repórter Monique Evelle exibiu a rotina de Ruama e de seu empresário, e também namorado, André Silveira. Durante a entrevista, foi mostrada a negociação entre a cantora e Sabóia, apresentado pelo programa como a pessoa a “investir na carreira” da artista.

Na sequência, a repórter e a cantora se encontraram com Sabóia em Ubatuba, no litoral de São Paulo, para assinar o documento. Apresentado como “dono de lojas de pneus, hotel e restaurantes”, Djalma concedeu uma entrevista para o programa para falar sobre o seu novo empreendimento no ramo de shows.

“A gente calcula (investir) entre R$20 e R$30 mil por mês”, afirmou o empresário. O contrato com a artista foi assinado diante das câmeras da Globo.

Contrato desfeito

Apesar do sucesso da negociação, a reportagem mostrou que, após um mês e meio da parceria, Ruama não teve sucesso na empreitada. “Foram prometidas muitas coisas, como gravação de CD novo, banda, investimento nisso e naquilo. Nada aconteceu. Nesta semana,meu empresário maravilhoso (Sabóia) simplesmente sumiu e desapareceu. (Ele) Me bloqueou de todas as redes sociais sem dar o porquê disso”, afirmou a cantora.

As duas então tentaram ligar para o empresário, mas não tiveram sucesso. Foi esse desfecho que deixou Sabóia indignado com a Globo. Ele argumenta que a emissora expôs a sua imagem de forma negativa e exige até hoje um direito de resposta.