Após mais de 40 anos na Rede Globo, Stênio Garcia foi um dos atores dispensados pela emissora no início da pandemia. Segundo ele, a notícia foi uma surpresa e o deixou “sem chão”.

Em entrevista para a jornalista Fábia Oliveira, Stênio contou que ainda tem muito respeito pela emissora, mesmo não sendo chamado para nenhum trabalho desde 2013. “Eu fiquei sem chão. Nunca tive problemas com a emissora e considerava a Globo como a minha casa. Na verdade, ainda considero muito a emissora, onde trabalhei bastante. Eu saía de um trabalho e entrava no outro e isso quando não fazia dois ao mesmo tempo. Tenho muito amor, respeito e gratidão pela Globo”, contou o ator.

Questionado se iria entrar na Justiça por conta da demissão repentina, Stênio desconversou: “Sinceramente, eu não sei. Fui demitido no início da pandemia e fiquei perdido. Ainda estou. Tenho que pensar melhor, tenho que conversar com a minha mulher Marilene (Saade) e decidir”.

Stênio foi um dos atores dispensados pela emissora neste ano. A partir de agora, muitos funcionários terão contratos referentes a trabalhos feitos e não receberão salário fixo, como era feito anteriormente.

Ainda na entrevista, o ator falou sobre a morte de Flávio Migliaccio, colega de profissão que cometeu suicídio por estar deprimido. “Um ser humano incrível e não havia como não gostar dele. O sacrifício dele em nome da história, que abriu mão da própria vida, para se manifestar. Foi triste e um baque para todo mundo que conviveu com ele”, afirmou.

Projetos para o futuro

Mesmo com a demissão, Stênio não pretende parar de trabalhar e já tem alguns projetos em vista. De acordo com o ator, enquanto estiver vivo ainda vai trabalhar e fazer coisas.

“Tive duas propostas de trabalho: uma no teatro e outra no cinema. Fui chamado para interpretar um juiz mau-caráter no filme ‘Obscuro, um caminho sem volta’, de Alessandro Barcellos, que me interessou bastante”, afirmou o ator.

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