Em sua campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (sem partido), sempre afirmou que ia “acabar com a mamata”, especialmente da Globo. O presidente cumpriu a sua promessa ao diminuir radicalmente a verba destinada à emissora carioca.

Entre 2003 e 2019, nos governos de Lula, Dilma e Michel Temer, o canal recebeu em média R$ 450 milhões para veicular campanhas do Poder Executivo. Já com Bolsonaro, a fatia teria sido reduzida em R$ 150 milhões, já no final do primeiro ano de mandato.

“Uma grande emissora (a Globo) levava aproximadamente 80% das verbas oficiais. Hoje, nós cortamos 80% do bolo”, disse Sikêra Jr, apresentador do Alerta Nacional, da Rede TV!.

“Aquela grande emissora leva aproximadamente 20% do bolo do governo federal porque nós somos obrigados a fazer uma propaganda também”, explicou.

Nos bastidores do mercado publicitário, estima-se que a Globo deixou de receber, ao longo dos três anos de governo de Bolsonaro entre R$ 600 milhões e R$ 750 milhões.

Em administrações passadas, o investimento em campanhas do governo representava 4% do faturamento da emissora líder de audiência. Atualmente, esse valor não chega a 1%.

Apesar do que muitos apoiadores de Bolsonaro acreditam, essa redução de verba não vai levar a Globo à falência. Mas é notável que esse dinheiro faz falta.

No primeiro semestre de 2021, o grupo de comunicação teve prejuízo de R$ 114 milhões. Se ainda recebesse a mesma parcela que recebia em gestões anteriores, talvez a conta teria fechado no azul.