Na noite deste sábado 16, o público do Jornal Nacional foi surpreendido com uma nota enviada pelo general Augusto Heleno, do GSI.
O ministro disse que uma reportagem exibida pela Globo era mal feita e mal intencionada, servindo apenas para prejudicar o presidente Jair Bolsonaro:
“A matéria [que colocou em xeque as declarações de Jair Bolsonaro (sem partido)] é mal elaborada e uma tentativa de fazer uma reportagem maldosa contra o Presidente da República usando como exemplo a promoção do General Sá Corrêa, recém-nomeado Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Pelotas-RS”.
Em resposta, o Jornal Nacional contrapôs a nota analisando as afirmações e desmentindo uma por uma.
William Bonner e Renata Vasconcelos leram, então, uma nota da própria Globo:
“A nota do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, confirma integralmente o que o ‘Jornal Nacional’ publicou. Que o antigo titular da direção de Segurança Pessoal da Presidência, o então coronel Sá Corrêa, foi promovido a general de brigada por escolha do presidente Bolsonaro. E que o substituto escolhido foi o número dois do departamento”.
“Em nenhum momento, o ‘Jornal Nacional’ questionou os méritos do general Sá Corrêa. Quis apenas mostrar que a versão do presidente sobre o que disse na reunião ministerial de 22 de abril não encontra respaldo na realidade. O presidente reiteradas vezes afirmou que se referia à segurança dele, de sua família e de seus amigos, quando disse que tentou fazer mudanças na segurança do Rio e não conseguiu”
“Como mostrou o ‘Jornal Nacional’, o presidente não teve dificuldades em fazer trocas no departamento responsável por sua segurança. Promoveu o titular, substituiu-o pelo seu adjunto e também trocou a chefia do escritório no Rio. Sem dificuldades.”
“Por fim, é de se destacar que a frase do presidente Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 22 abril ganha agora mais uma versão. Segundo o ministro Augusto Heleno, o presidente, ao mencionar a segurança no Rio, quis dar apenas um exemplo sobre o que faria caso quisesse realizar uma troca no setor e encontrasse oposição. Poderia chegar até a demitir o ministro para ver a sua decisão cumprida, não tendo o presidente se referido a nenhum caso real que houvesse ocorrido. Registre-se também que o ministro Augusto Heleno não esclareceu por que motivo o presidente se viu compelido a dar esse exemplo”.