O Jornal Nacional parou de exibir as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em vídeo, assim como os outros telejornais da Globo. Agora, são exibidas artes e as falas são narradas pelos próprios âncoras dos folhetins.

As razões para essa alteração envolvem ameaças de apoiadores do presidente e a postura do próprio político, que prefere se comunicar com eleitores e veículos específicos.

A maioria das falas públicas do presidente acontecem em um “cercadinho” na saída do Palácio do Alvorada, em Brasília.

Até maio, a imprensa fazia plantão no local para esperar declarações do político. No entanto, a postura agressiva de alguns apoiadores com os jornalistas fez com que os grandes veículos parassem de enviar profissionais para o local.

Desde meados de 2020, os militantes continuam lá, mas a imprensa profissional não vai mais.

Os vídeos de Bolsonaro no “cercadinho” agora são divulgados em contas nas redes sociais e em mídias alternativas. Alguns grandes veículos ainda pegam trechos das falas e divulgam em suas redes sociais, colocando os créditos.

A Globo declarou que “não deixa de registrar vídeos do presidente, desde que sejam públicos, como lives. Mas não pode divulgar imagens que pertencem a sites de terceiros. Quando o fez, inadvertidamente, foi notificada para não fazê-lo”.

Em um dos casos que chamou mais a atenção, William Bonner, âncora do Jornal Nacional foi um dos assuntos mais comentados do Twitter ao interpretar uma das falas de Bolsonaro imitando os trejeitos do político.